Os professores Álvaro Henrique, 28 anos, e Elisney Pereira, 31 anos, sofreram uma emboscada no dia 17 de setembro de 2009, na zona rural de Porto Seguro. Elisney morreu na hora e Álvaro ainda resistiu, sendo transferido para Salvador, onde morreu no dia 23, seis dias depois da emboscada.
Os dois jovens idealistas eram dirigentes sindicais da APLB e lideravam uma greve dos professores da rede municipal de ensino.
A APLB da Costa do Descobrimento, sindicato onde Álvaro e Elisney eram presidente e diretor, respectivamente, programou diversas ações para marcar a passagem do dia 17 de setembro.
Entre elas, a veiculação de outdoors para cobrar celeridade do julgamento. Cabe ao Tribunal de Justiça da Bahia decidir se o caso vai ou não a Júri Popular, como determinou o então juiz da comarca local, Dr. Roberto Freitas.
O Júri vai decidir se o ex-secretário municipal de Governo e Comunicação, Edésio Lima, é culpado ou inocente da acusação  de que ele é suspeito de ser o mandante do crime, feita pelo promotor Dioneles Santana, do Ministério Público estadual.
Edésio chegou a ficar preso na Polinter, em Salvador, mas está solto por força de um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dois policiais militares do 8º. Batalhão da PM, também acusados pelo Ministério Público de participação no crime, foram liberados pela Justiça, em dezembro de 2010, e aguardam o julgamento em liberdade.
Todos os acusados alegam inocência e vítimas da pressão política dos adversários do governo municipal. O inquérito da Polícia Civil, cuja a conclusão ainda não foi informada à sociedade, foi questionado pela defesa dos acusados e por alguns veículos de imprensa, uma vez que as acusações contidas no documento partem de supostos criminosos ligados ao tráfico de drogas.
Não houve divulgação de escutas telefônicas, nem da perícia ou testemunhas presentes no local do crime. As investigações foram conduzidas pelo delegado coordenador da Polícia Civil na microrregião, Evy Paternostro.